quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

24 horas em Paris



Tive a oportunidade de passar um final de semana em Paris. Era pouco tempo, mas a vontade de conhecer a cidade falou mais alto. E lá fui eu para as minhas 24 horas em Paris!


Cheguei à Gare d’Nord no horário do almoço e a primeira providência foi comprar o “Paris Visite”. Você pode comprar esse ticket para os dias que desejar e andar quantas vezes quiser de metrô durante esses dias. Consegui muitas informações – inclusive os mapas - que me ajudaram muito a entender a lógica do metrô parisiense nesse site aqui: http://www.ratp.fr/ Em função do tempo e como era a minha primeira visita à cidade optei por roteiros bem óbvios. Então, o meu primeiro destino foi o Boulevard Haussmann visitar os grandes magazines. Estava muito, muito, muito cheio. Entrei em todos os magazines mas não consegui me “concentrar” de tão cheio que estava. Valeu a pena para ver as vitrinas com decoração natalina, cada uma mais fofa que a outra. A impressão que tive era que ir para essa rua visitar as vitrinas é programa de Natal da família parisiense. Muitas crianças, todas vibrando com os teatrinhos exibidos na Gallerie Lafayete e Printemps.


Dali segui para a Opera e em seguida para o Quatier Latin onde era o meu albergue. Deixei as coisas e segui novamente para o metrô, rumo à Ille de La Citté, onde pude ter uma linda visão do Sena. Fila na Notredame, fila na Saint Chappele. De repente, na praça da Notredame estava estacionado a solução dos meu problemas: uma bicicleta no melhor estilo indiano. 10 euros até a Champs Elisèes. Tá valendo...e aí vou vendo a paisagem. Realmente, foi a melhor coisa que fiz...passei por vários lugares bacanas que não teria visto se estivesse no metrô, como por exemplo rue de Rivoli e Jardin des Tuileries. O inconveniente foi o trânsito, que estava horrível, mesmo para o meu transporte ultra-alternativo. Aliás, a impressão que tive foi que essas bicicletas ainda são novidade em Paris, muitas pessoas ficavam olhando, fazendo comentários. Inclusive, um passageiro de um carro que parou ao nosso lado em um sinal fez questão de baixar o vidro e fazer uma série de perguntas ao meu “choffer”.


Finalmente cheguei à Champs Elisèes. Fotos do Arco do Triunfo, fotos da praça da Concorde/roda gigante e vou logo pra FNAC para comprar meu ticket do Louvre. Feito isso uma passadinha rápida por algumas lojas e vou direto para o metro Opera, na praça da Concorde. A avenida estava lotata, lotada, lotada, mas muito linda com sua iluminação natalina. Daí fui pra casa e busquei um restaurante lá pelo Boulevard Saint German para comer alguma coisa e relaxar. A essa altura, estava exausta da maratona do primeiro dia.


No dia seguinte acordei cedo e fui para a Torre Eiffel. Meus planos era chegar no Louvre até 9:30h já que meu trem de volta partia às 14:30h da Gare d’Nord.Aproveitei o dia que tinha acabado de clarear e consegui tirar umas fotos bem bonitas da torre e, finalmente, estar em um lugar mais tranqüilo, com pouca gente. Daí peguei o metro novamente e fui para o Louvre. Segui as instruções da Lina (Conexão Paris) e entrei pela estação do metro. Me apaixonei pelo Louvre, acho que se passasse 1 semana em Paris iria lá todos os dias. É muito bacana. Me deu vontade também de conhecer os outros museus da cidade. Fica pra próxima...


Alguns pontos que destacaria:


- É uma vantagem tentar conhecer o máximo a cidade antes de se chegar nela. Hoje está muito simples, temos os blogs, sites de revistas de viagem e o GoogleEarth que nos aproximam cada vez mais dos lugares;


- Como tinha pouco tempo foi super prático ter em mãos todo o roteiro de passeios, inclusive com todas as baldeações de metrô que teria que fazer. Economizei muito tempo com isso e tenho certeza que também corri muito menos risco, porque já sabia exatamente que linha pegar, direção, etc..


- Não vi nenhuma movimentação estranha em Paris, mas estive sempre muito atenta. A cidade é muito lotada e está muito evidente algumas questões sociais, como uma grande quantidade de pessoas de rua. Então, não custa nada estar muito atento, sempre;


- A opção por comprar os tickets com antecedência e em “pacotes” (metrô, passeios, museus, etc) é a melhor; - Não tenho nenhum problema em viajar sozinha, mas a impressão que tive é que Paris não é uma cidade para os “lonely travellers”. A cidade é muito “família”...casais e famílias inteiras são vistas a todos os instantes em todos os lugares. Isso me fez sentir saudade de casa...


- Albergues também não são uma boa opção na cidade. São ruins e caros. Mas, como iria só passar uma noite, essa foi a minha opção, mas certamente não é a melhor.


Au revoir Paris!

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